Estudos do meu percurso de investigação
O meu percurso de investigação está intimamente ligado à minha busca por conhecimentos e capacidades que me permitissem contribuir para reverter o panorama de destruição da Natureza. Foi uma longa busca que me levou à facilitação da aprendzagem e capacitação de adultos para fomentar o desenvolvimento de iniciativas holísticas.
As primeiras investigações que fiz foram na área da ecotoxicologia, dieta da lontra e até micorrizas passaram por debaixo do meu microscópio...
No meu mestrado em "Environment, Science and Society" investiguei os factores que estavam a limitar o desenvolvimento da Agricultura Biológica em Portugal. Porque é que o sector hortícola estava tão pouco desenvolvido e o olival e as pastagens biológicas em expansão? Como é que os subsídios e as regulamentações europeias para a comercialização estavam a fomentar ou bloquear o desenvolvimento da agricultura biológica? Os cidadãos teriam consciência do que se passa e estariam dispostos a apoiar quintas e produtos bio?
As primeiras investigações que fiz foram na área da ecotoxicologia, dieta da lontra e até micorrizas passaram por debaixo do meu microscópio...
- European_bee-eater_Merops_apiaster_populations_under_arsenic_and_metal_stress_evaluation_of_exposure_at_a_mining_site
- Diet_of_the_otter_Lutra_lutra_in_an_almost_pristine_Portuguese_river_Seasonality_and_analysis_of_fish_prey_through_scale_and_vertebrae_keys_and_length_relationships/
No meu mestrado em "Environment, Science and Society" investiguei os factores que estavam a limitar o desenvolvimento da Agricultura Biológica em Portugal. Porque é que o sector hortícola estava tão pouco desenvolvido e o olival e as pastagens biológicas em expansão? Como é que os subsídios e as regulamentações europeias para a comercialização estavam a fomentar ou bloquear o desenvolvimento da agricultura biológica? Os cidadãos teriam consciência do que se passa e estariam dispostos a apoiar quintas e produtos bio?
factors_affecting_ecological_and_economic_sustainability_of_organic_farming_in_central_portugal.pdf | |
File Size: | 2395 kb |
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Descobri o fenómeno da "marginalização agrícola", ou seja, como políticas económicas discriminam contra a agricultura sustentável e de subsistência e promovem uma agricultura destrutiva de larga escala sob fachada da tãaaao tentadora e muuuiiiito sedutora "modernização agrícola". Que aliás eu ilustro com imagens como a em baixo.
No fundo... os animais passam a ser tratados como se fossem plantas. As plantas passam a ser tratadas como minerais; e o ser humano? (Sim, como se fosse um animal; e com tendência de ser convertido em mineral através da tecnologia).
Imagem: Modernização agrícola
Como é que uma agricultura biológica e outras formas de produção agroecológica poderiam algum dia competir num mercado destorcido e orientado para a produção subsidiada, industrial, mecanizada a larga escala?! Ainda me debrucei sobre o "Free market environmentalism" que considera que os problemas ambientais se resolveriam sózinhos se o estado deixasse de manipular o mercado.
"Small is beautiful, big is subsidized" foi um estudo interessante com que me cruzei... confirmado por uma camponesa do Caramulo que comentou algo como "aqui só há pequena agricultura familiar, de subsistência... Depois há os projectos subsidiados." Portanto uma agricultura dependente do estado. Estado esse que minou a independência dos agricultores... seguindo os mesmos passos e estratagemas em todo o mundo, passo a passo:
1) expropriação dos baldios;
2) subsidiação da agricultura industrializada, criando condições injustas de competição no mercado;
3) liberalização do mercado, pondo agricultores de todo o mundo, grandes e pequenos, em competição;
4) introdução de regras que tornam métodos de produção artesanal e camponesa ilegal.
Com mais detalhes e peripécias... até ao sistema agro-alimentar moderno em que as corporações transnacionais têm as sementes, os agricultores e o poder nas suas mãos e o aproveitam para destruir e desertificar o mundo. E depois ainda confundem e dividem o movimento ambiental ao adoptarem o discurso de "sustentabilidade" e "biodiversidade" em campanhas mentirosas flagrantes (vejam Syngenta e vão ao Pingo Doce, para exemplos simples e demasiado óbvios). E apesar de investigar tudo isso, consegui por muitos anos não enxergar que isto estava tudo organizado e concertado pelo deep state...aqueles que mandam mesmo, enquanto nós achamos que vivemos em democracia porque ouvimos isso na escola e na TV... e queremos muito acreditar que o estado é bom e existe para nos proteger...
No fundo... os animais passam a ser tratados como se fossem plantas. As plantas passam a ser tratadas como minerais; e o ser humano? (Sim, como se fosse um animal; e com tendência de ser convertido em mineral através da tecnologia).
Imagem: Modernização agrícola
Como é que uma agricultura biológica e outras formas de produção agroecológica poderiam algum dia competir num mercado destorcido e orientado para a produção subsidiada, industrial, mecanizada a larga escala?! Ainda me debrucei sobre o "Free market environmentalism" que considera que os problemas ambientais se resolveriam sózinhos se o estado deixasse de manipular o mercado.
"Small is beautiful, big is subsidized" foi um estudo interessante com que me cruzei... confirmado por uma camponesa do Caramulo que comentou algo como "aqui só há pequena agricultura familiar, de subsistência... Depois há os projectos subsidiados." Portanto uma agricultura dependente do estado. Estado esse que minou a independência dos agricultores... seguindo os mesmos passos e estratagemas em todo o mundo, passo a passo:
1) expropriação dos baldios;
2) subsidiação da agricultura industrializada, criando condições injustas de competição no mercado;
3) liberalização do mercado, pondo agricultores de todo o mundo, grandes e pequenos, em competição;
4) introdução de regras que tornam métodos de produção artesanal e camponesa ilegal.
Com mais detalhes e peripécias... até ao sistema agro-alimentar moderno em que as corporações transnacionais têm as sementes, os agricultores e o poder nas suas mãos e o aproveitam para destruir e desertificar o mundo. E depois ainda confundem e dividem o movimento ambiental ao adoptarem o discurso de "sustentabilidade" e "biodiversidade" em campanhas mentirosas flagrantes (vejam Syngenta e vão ao Pingo Doce, para exemplos simples e demasiado óbvios). E apesar de investigar tudo isso, consegui por muitos anos não enxergar que isto estava tudo organizado e concertado pelo deep state...aqueles que mandam mesmo, enquanto nós achamos que vivemos em democracia porque ouvimos isso na escola e na TV... e queremos muito acreditar que o estado é bom e existe para nos proteger...
ambra_sedlmayr_agricultural_marginalisation_in_portugal_september2011_final.pdf | |
File Size: | 2895 kb |
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Uma análise que resultou do meu trabalho de doutoramento é o artigo "The flooding of the Foodshed" que trata do processo de abertura do mercado agrícola de Portugal com chegada dos supermercados de discount alimentar no Portugal profundo, destruindo as últimas estruturas e mercados camponeses genuínos.
the_flooding_of_the_foodshed_-_portugal.pdf | |
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E ainda me entreti num projecto interessante do Prof. Jules Pretty, chamado "Ecocultures" e que visava estudar as perspectivas e valores de ecocomunidades. O que é a mundividência das pessoas que vivem de uma forma harmoniosa com a natureza? Fez-se estudos de caso dos Amish nos EUA, de um povo na Sibéria e a mim calhou o grupo envolvido no movimento de transição em Colchester - cidade onde, por acaso, estava a morar. ;-) Estudei os seus esforços em montarem sistemas agro-alimentares de proximidade. Só por curiosidade, este estudo resultou num livro "Ecocultures" e a sua conculsão mais relevante é que todas as ecoculturas, portanto comunidades que vivem em harmonia com a Natureza, têm uma percepção da Natureza como algo sagrado.
aafns_in_the_colchester_area_april2011.pdf | |
File Size: | 154 kb |
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Neste contexto encaixa ainda um texto que escrevi para a Sementes Vivas Living Seeds Lda sobre a marginalização da semente - por assim dizer - e a importância de grupos regionais de manutenção da agrobiodiversidade. Tema que sempre me apaixonou...
salvar_a_agrobiodiversidade_final.pdf | |
File Size: | 112 kb |
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A Agricultura Biodinâmica entrou gradualmente na minha vida... Enquanto estava a fazer as minhas investigações eu tinha sempre numa gaveta no fundo do meu cérebro a ideia de que "A Agricultura Bioidnâmica é a forma de agricultura mais sustentável que existe". Apesar de não saber praticamente nada sobre ela... Mas tive uns primeiros encontros inspiradores com pessoas do movimento biodinâmico em 2004 e 2006. A partir de 2011 mergulhei profundamente na Agricultura Biodnâmica. Principalmente no que respeita a sua mundividência, e menos nos detalhes agronómicos.
Um dos documentos mais importantes de que tive co-autoria, é o estudo "Os preparados biodinâmicos no seu contexto", que pode encontrar aqui:
Um dos documentos mais importantes de que tive co-autoria, é o estudo "Os preparados biodinâmicos no seu contexto", que pode encontrar aqui:
the_biodynamic_preparations_in_context_web.pdf | |
File Size: | 5229 kb |
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