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Carl Rogers e a Abordagem centrada na pessoa

22/4/2019

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Carl Rogers (1902 – 1987) foi um psicoterapeuta Estadunidense que levou a psicoterapia humanista para um novo patamar. Mudou o paradigma de que o psicoterapeuta é aquele que sabe o que é correcto para o seu paciente, adaptando um estilo de trabalho em que o próprio paciente (que passa a ser chamado de cliente, por ter um papel activo e empoderado no relacionamento terapêutico) é apoiado a explorar os seus problemas e a descobrir soluções para estes.

Carl Rogers acreditava que cada ser humano é um indivíduo único e que o ser humano é fundamentalmente bom. Considarava, no fundo, o espírito individual de cada pessoa com o seu caminho de desenvolvimento único e a capacidade criativa construtiva desse espírito humano.

Ao investigar as suas próprias conversas com os seus pacientes, Rogers descobriu que os clientes que podiam expressar a sua realidade de forma autêntica, conseguiam compreender os seus problemas e chegar a novos patamares de compreensão, alinhamento com a sua vida e cura.

Ele identificou três condicionantes que permitiam ao cliente expressar-se livremente e chegar a novas conclusões. Estas são:
- aceitação incondicional;
- empatia;
- congurência.

A aceitação incondicional, para começar, é o não-julgamento e a não-interpretação da experiência do cliente. É criar-se um espaço em que o cliente pode exprimir tudo o que lhe vai na alma sem medo de ser julgado ou rejeitado. Tudo o que não aceitamos em nós próprios, também não aceitamos nos outros. Por isso, desenvolver a aceitação incondicional é um caminho infindável de descobrir e superar as nossas próprias resistências à realidade.

A empatia, num nível básico, consiste em o terapeuta procurar compreender a situação relatada da perspectiva do próprio cliente: Como foi a experiência para ele? O que significa esta experiência para ele? Em vez de estar na posição de um estranho, que se preocupa sobretudo com as suas próprias questões e respostas. Empatia é um sair de si mesmo, para entrar no mundo do outro, no entanto sem perder consciência de si mesmo como ser humano diferente do outro.

Julia Kubler identifica quatro grandes bloqueios à empatia que surgem ao decorrer de uma conversa. Que são:
- generalizar;
- culpar;
- distrair;
- apaziguar.
O mais comum é termos medo de empatizar com alguêm. Temos medo por nós próprios: Será que eu vou conseguir responder de forma adequada? Ou: Se eu ouvir a dor do outro, será que fico comprometido e a sentir-me obrigado a fazer algo por ele, que não cabe nos planos da minha vida de momento? Etc. etc. Então prefiro não ouvir a situação específica do outro (generalizo: „Ah, isso é sempre assim, nessa idade“, culpo: „São os médicos que não percebem nada desta doença“, distraio: „Já ouviste da feira que vai haver em Lapa do Lobo?“ ou apaziguo: „Não te perocupes, que vai correr tudo bem.“) Tudo isso é fechar as portas a quem queria partilhar connosco o que lhe vai na alma. É manter o outro numa vivência solitária. A partilha profunda, por sí só, com uma alma que ouve com compaixão, permite encontrar novos horizontes e novos significados para o que estamos a passar.

A congruência é a tereceira condicão identificada por Rogers, central no trabalho do terapeuta. Ser congruente significa ser-se autêntico e não se negar a si mesmo. Quantas vezes temos vergonha de algum aspecto de nós e fazemos de conta que aquilo não está lá? (por exemplo). Como terapeuta temos de ser capazes de conectar com e admitir os nossos próprios sentimentos e exprimí-los de forma adequada para com o nosso cliente. Não significa, estarmos nós a contar a nossa vida ao cliente, mas se a situação o exigir, não disfarçarmos ou escondermos coisas sobre nós. Assim, o cliente vê-nos como um ser humano verdadeiro e ganha coragem a também ser autêntico.

Eis as três condições de base para uma conversa humanista e empoderadora de outro ser humano… Carl Rogers tem vários livros publicados e existe em Portugal a Associação Portuguesa de Psicoterapia Centrada na Pessoa e Counselling que trabalha na sua linha.
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    Ambra Sedlmayr é formadora de adultos, capacitando e empoderando pessoas a viverem os seus sonhos ao contribuirem algo com significado para o mundo.

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