Em Portugal ouve-se com muita frequência que este é um país medíocre onde não se consegue fazer nada, as pessoas são todas umas bestas e o governo demasiado burocratizado e centralista produz leis desadequadas à realidade do país que só pioram a situação. A conclusão é que „se luta“, se faz o seu melhor, e explica-se a falta de resultados com o „facto“ de que „neste país não dá“. Um dos problemas desta atitude é que as pessoas que a praticam não usam o poder que têm de forma apropriada, mas ficam em posição de vítima. Reflectindo sobre o espaço de manobra que existe nas circunstâncias vigentes, podemos encontrar formas de actuar construtivas. Assumimos responsabilidade pela nossa parte e agimos com vigor, procurando sempre perceber a realidade que nos circunda e encontrando a maneira como nós afectamos a nossa percepção desta. De facto, concordo que o estado Português é demasiado regulador e interveniente de uma forma que abafa a iniciativa privada. Faz lembrar a União Soviética. Palavra. A população em geral tem muito medo, são isto e aquilo. Sim. No entanto, existem pessoas que, no meio destas condições adversas, conseguem montar projetos e empresas fantásticas. Não seria genial se todos nós conseguissemos realizar um pouco mais os nossos objetivos? Para isso será necessário passarmos da posição de vítima para uma posição empoderada de co-responsabilidade. O triângulo acima ilustra a inter-relação entre Vítima, Perseguidor e Resgatador. Ao culpabilizar os outros posso tanto tornar-me vítima como perseguidora. Ou como resgatador posso manter alguêm em posição de vítima ou de perseguidor, para eu poder jogar o meu jogo de salvador. Todas estas posições, vítima, resgatador e perseguidor, podem converter-se um no outro com facilidade, pelo que pode haver um ciclo vicioso de, alternadamente, a mesma pessoa tomar cada uma destas posições. O que todas elas têm em comum é que a pessoa não está a usar o seu poder de forma sensata, equilibrada. Ou está a invadir o espaço de decisão e responsabilidade do outro (Resgatador e Perseguidor) ou está a rescindir do seu poder e responsabilidade ao sentir-se vítima. Por vezes ganha poder ao fazer-se de vítima, através da manipulação. O ponto amarelo no meio mostra a posição ideal, que transcende estas posições; trata-se de uma pessoa que usa o seu poder sem tomar o poder dos outros; uma pessoa empoderada que não subjuga ninguêm. Como podemos descobrir a nossa co-responsabilidade para aquilo que nos acontece? Como podemos passar de nos sentirmos vítimas das circunstâncias para sermos actores empoderados? Como fazer isto concretamente? Pense num projeto falhado ou empatado ou difícil seu. Quem tem a culpa? Agora pense nos factos concretos: como é que tudo aconteceu, passo a passo até este ponto? Em que momento é que você agiu emocionalmente, de forma irracional, guiado por sentimentos contorcidos, fortes? Que sentimentos foram esses? Agora pense noutro evento, noutro momento da sua vida ou noutro projeto, em que sentia exactamente a mesma coisa que neste caso? Conseque-se lembrar? Como foi? E pense em mais um caso… como foi ao certo? Vai perceber que este complexo de sentimentos é uma coisa imanentemente sua. Vai consigo, aonde você for. Este é o seu animal de estimação. Os outros acham-no uma besta, quando você age de acordo com este seu animal de estimação!... Você não é este animal de estimação, mas tem o sempre consigo. Por vezes ele toma conta da situação, e não você. Esse é que é o problema. Consegue ver como você próprio contribuiu para os problemas, em cada um dos casos sobre os quais reflectiu? Ao percebermos o modo como nós próprios interferimos com o sucesso das nossas iniciativas, encontramos maneiras de ultrapassar estas limitações, desenvolvendo concomitantemente a nós próprios como seres humanos e um projecto no mundo. O trabalho da Cores da Alma vai exactamente neste sentido, de lhe ajudar a encontrar a maneira como você próprio impede o seu sucesso, para encontrar caminhos empoderados para poder realizar os seus objectivos.
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Tive uma tendinite no cotovelo durante quase 5 meses. Aconselharam-me a tomar Ibuprofene, Voltaren e manter o braço imóvel. Da medicina mais alternativa encontrei que se devia tomar glóbulos de Arnica, pôr gelo, etc. O melhor ainda foi um creme de consolda da Merck ("Elás"). Mas a tendinite não passou. Já com muita impaciência escrevi então no meu motor de busca (uso o Ecosia) "tendonitis quick fix". E... por grande surpresa minha a internet não respondeu "sua tonta, precisas é de ter paciência", em vez disso apareceu a página do Gary Crowley www.do-it-yourself-joint-pain-relief.com
Então o Gary Crowley diz o seguinte: a maioria das dores nas articulações não são devidas às articulações elas mesmas, mas ocorrem por causa de músculos que estão tensos e que puxam os ossos da articulação para posições que depois provocam a dor. Ao pressionarmos o músculo tenso sentimos que ele está dorido. Então podemos usar duas técnicas para fazer relaxar o músculo, uma mais simples que a outra: * "Press, hold, move" - pressiona-se o ponto dorido e move-se o membro mais próximo, por exemplo o braço, de modo a fazer mover o músculo. Depois de algum tempo o músculo relaxa, deixa de estar dorido. * "Press, pull, release" - pressiona-se o ponto dorido e puxa-se um pouco, depois larga-se o ponto. Isto também faz relaxar o músculo. Ah, que alívio!.... Nem sempre é o músculo mais próximo da articulação que doi o que está tenso; pode ser um músculo na anca que provoca dores no joelho, por exemplo. Muitas vezes são uma série de músculos que estão tensos e é preciso relaxá-los gradualmente e repetidamente. Temos que nos tornar investigadores de pontos doridos. ;-) Veja que o Gary Crowley tem no seu website gratuito videos passo-a-passo para libertar a dor de praticamente todas as articulações do corpo, incluindo dores nas costas e enchaquecas. Se o seu Inglês não for assim tão bom, peça a alguêm para lhe ajudar. Vale a pena tentar! As melhoras. www.do-it-yourself-joint-pain-relief.com Além das dores provocadas pelos hábitos civilizacionais (como estar sentado muito) ou dos movimentos repetitivos ligados a certas profissões, muitas vezes são as nossas emoções que nos fazem ficar tensos cronicamente em certas áreas do nosso corpo. Então para nos livrarmos da dor a longo prazo, convêm também trabalharmos os problemas emocionais que estão na sua origem. Para muitas das coisas que vou escrever de aqui em diante vai ser importante ter-se conhecimento da constituição do ser humano. Por isso apresento aqui uma breve descrição.
A primeira repartição que se pode fazer é de considerar que o ser humano é constituído por corpo físico, alma e espírito (muitas vezes designado por „mente“). Aí podemos dizer que a alma é a esfera em que o corpo físico e o espírito se encontram e cruzam. Considerando o corpo como a matéria e o escuro e o espírito a luz clara, seguindo a teoria das cores de Goethe, podemos perceber que a alma tenha todas as cores do arco-íris, pois as cores surjem da interacção entre a luz e a escuridão. Uma repartição mais elaborada e complementar é que o ser humano é actualmente constituído por quatro camadas e no futuro serão sete. Para compreendermos isso vou apresentar o que o ser humano tem em comum com os outros reinos da natureza. Temos o nosso corpo físico, constituído pelas substâncias da Natureza. Este corpo é algo que temos em comum com os minerais, as plantas e os animais que também têm um corpo físico. Quando morremos, o nosso corpo físico degrada-se e passa a integrar de novo os cíclos da Natureza. Numa pedra isso não acontece, ela não pode morrer e por sí só mantêm-se sempre igual. As leis e forças da Natureza actuam sobre ela, mas ela está ali pávida e serena e não se começa a degradar de repente devido a uma mudança interna qualquer que tenha ocorrido. Só se degrada por acção de forças externas. Tal como o nosso corpo físico quando morremos. O que é então isso que mantém o nosso corpo físico vivo, e evita que ele se dissolva? Falamos no corpo de forças vitais ou corpo etérico. Nos reinos da Natureza encontramos estas forças vitais em todos os seres vivos, nas plantas e nos animais. É a força que organiza e mantêm os organismos vivos. Já alguma vez se perguntaram o que é a individualidade de uma planta? Eu sim. Fiquei muito confusa com a possibilidade de se tirar estacas de um suposto „indivíduo“ vegetal e ele continuar a crescer e formar outro „indivíduo“ noutro sítio! Isto claramente mostra que não se trata aqui de um „indivíduo“, pois essa palavra vem de „indivisível“. A planta é claramente divisível, não tem portanto um princípio unificador, organizador do seu ser, dentro do seu corpo físico. Como é isso nos animais? Há alguns animais inferiores que também aguentam a divisão e continuam a viver. Mas, na maioria dos animais isso não é o caso, eles constituem uma unidade única, fechada sobre sí. Eles aparentemente têm um mundo interior, separado do mundo exterior. Eles movem-se por inciativa própria e parecem sentir. São portanto „animados“. Isto aponta para o facto de os animais terem, para além do corpo físico e éterico, ainda uma alma com capacidade sentiente. Na Antroposofia este corpo sentiente é designado por corpo astral. O ser humano também tem essa capacidade de sentir e de se mexer, partilha portanto esta camada de constituição (corpo astral) com o animal. Agora a parte mais difícil é a questão: e o que distingue o Homem do animal? Os misantrópicos não querem ver que o ser humano tem capacidades superiores aos animais. Antes pelo contrário, argumentam que o Homem é pior que os animais, pois pode ser mau e cruel e estúpido, e tudo o mais que a gente sabe... enquanto que os animais seguem um instinto sábio que lhes permite a sua sobrevivência em perfeita harmonia com a Natureza. Isso é verdade, mas vejam que os animais são limitados, muito mais limitados do que nós seres humanos. Um gato só se pode comportar mais ou menos de uma certa maneira, um castor faz aqueles ninhos elaborados, mas nunca lhe ocorreu construir outra coisa. Então nós seres humanos temos a capacidade de tomarmos consciência do facto de que existimos, podemos reflectir sobre nós próprios e podemos tomar decisões. Temos a consciência que nos torna capazes de tomarmos o nosso próprio desenvolvimento em mãos. Um gato ou um castor já é perfeito, não se pode tornar mais gato ou mais castor. Nós humanos, no entanto, podemos tornar-nos cada vez mais humanos. De imperfeitos em tudo, podemo-nos tornar universalistas! Podemos apanhar ratos e podemos construir açudes! Temos dentro de nós um princípio que nos permite distanciarmo-nos de nós próprios, da nossa realidade imediata, e que permite analizarmos a nossa situação e de acordo com valores morais tomar decisões. Somos menos 'perfeitos' e 'prontos' que os animais, mas o nosso Eu dá-nos um enorme potencial de acção e desenvolvimento. O „Eu“ é então o nosso espírito, individual e unicamente humano. Se repararem bem, são as teorias de darwinismo materialista que recusam ver no Homem mais do que um mero animal. E há aí um interesse escondido, em não crermos nas nossas capacidades criativas e no nosso potêncial para a liberdade. |
autor
Ambra Sedlmayr é formadora de adultos, capacitando e empoderando pessoas a viverem os seus sonhos ao contribuirem algo com significado para o mundo. Histórico
September 2022
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